(Atualização às 12:13)
Sílvio Mendes recebeu uma comissão de vereadores de Teresina e representantes dos ambulantes da cidade para uma reunião no Salão da Prefeitura, às 9h da manhã. Entre os vereadores estava o presidente da Câmara, Renato Berger (PSDB), além de Rosário Bezerra (PT), R. Silva (PP), Décio Solano (PT), Edvaldo Marques (PSB) e Rodrigo Martins (PSB). Estavam presentes também o secretário de Planejamento Augusto Basílio e o de saúde Firmino Filho.
Antes mesmo de a reunião começar, o clima já era tenso porque muitos ambulantes estavam protestando do lado de fora do prédio da prefeitura. Eles reclamavam que queriam assistir à reunião junto aos cinco representantes dos camelôs, entre eles, o presidente do sindicato dos Ambulantes, Zenon Nogueira. Os manifestantes alegaram que o prefeito estava com medo, mas os vereadores e funcionários da prefeitura tentaram argumentar que era apenas uma forma de organizar a reunião, pois no salão não caberiam tantas pessoas. Houve um acordo e a reunião começou com oito representantes dos comerciantes informais, porém os mais exaltados foram impedidos de adentrar no prédio da prefeitura municipal de Teresina.
Sílvio Mendes explicou a demora na construção da estrutura no argumento de que parte dos recursos que deveriam ser injetados no Shopping (aproximadamente R$ 12 milhões) foram “redistribuídos”, para não dizer desviados, para o financiamento da obra do metrô da cidade, cuja importância, na opinião dele, é inquestionável. O Shopping custou R$ 16,5 milhões e, de acordo com o prefeito, não há reparos a ser feitos em questão de infraestrutura, apenas detalhes que podem ser facilmente resolvidos nos mais de 14.000 m² de área construída. “É natural que tenham algumas dificuldades”, afirmou Silvio, garantindo a busca de soluções para os problemas.
Quanto aos cadastros, Sílvio garantiu que eles foram feitos de forma absolutamente transparente e que, na época em que ele foi feito, eram 1760 ambulantes – sendo que, atualmente, no Shopping , são 1915 contemplados (155 a mais).
CONFIRA ALGUNS DADOS DO SHOPPING!
• 1915 comerciantes transferidos
• 07 lojistas (Supermercado, farmácia, banca de revistas, perfumaria, papelaria, fotocopiadora e salão de beleza)
• 03 prestadores de serviço público (Cepisa, Agespisa e Correios)
• 01 agência bancária (Banco do Brasil)
Para o prefeito da capital piauiense, o Shopping da Cidade precisa ser auto sustentável porque ele já foi construído com dinheiro público e a “população não pode pagar para manter ele” porque “não é razoável que essa despesa venha para o poder público”. Ele fez questão de frisar que não houve criação de cargos públicos para a administração do Shopping.
Os vereadores presentes levantaram questionamentos sobre a estrutura so Shopping da Cidade. Um dos pontos tocados foi a questão dos ventiladores, que amenizariam o calor. A quantidade de orelhões, bebedouros e banheiros disponíveis também foi colocada em pauta. Sílvio admitiu que não sabia da proporcionalidade dos banheiros e de outras estruturas e, a respeito dos ventiladores, dizendo apenas que, confiava no projeto arquitetônico elaborado para a obra e que, na estrutura do prédio, só a administração do Shopping poderá tomar providências, mas ressaltou: "Eu não vejo nenhum impedimento para fazer adequações". Ele, apesar de isentar-se dessas questões, justificou que ventiladores e sistema de climatização com vapor d'água seriam ideais, mas tinha como fazer aditivos no projeto original.
Décio Solano pediu que o prefeito considerasse uma proposta de carência entre 2 e 3 meses para os ambulantes, por conta das despesas de instalação no Shopping. Já o vereador R. Silva pediu explicações sobre como será a fiscalização para ambulantes não ocuparem os espaços dos que foram transferidos dos calçadões.
O prefeito de Teresina disse que, sobre a carência, seria um ponto a ser analisado e, quanto à fiscalização, ele conta com a compreensão do que já foi discutido com a população. Ele admitiu que não achou ainda soluções para definir ao certo como será o processo de fiscalização, mas que é preciso arranjar meios. Mendes também colocou que será viabilizado o monitoramento do centro da cidade, através de câmeras de segurança.
Sílvio Mendes já deixou agendada uma reunião com representantes de ambulantes que vendem água de coco em carrinhos próprios e da classe dos artesãos da Praça Rio Branco, a ser feita na segunda-feira (29) às 11:30h, na prefeitura de Teresina. Sílvio achou conveniente resolver o caso desses dois grupos, especificamente, que, segundo ele, apresentaram argumentos e propostas "simpáticas".
Silvio propôs soluções como transferências provisórias para a Praça do Fripisa - o que não agradou aos ambulantes, que argumentam a falta de movimento no local. Outra alternativa, segundo o gestor, seria a recuperação de um prédio interditado pelo Corpo de Bombeiros e que foi cedido em parte ao Detran-PI: seria feita uma parceria entre prefeitura e Detran. Outra solução, na visão dele, seria a ocupação do prédio do INSS, caso o órgão cedesse a área, mas o vereador Renato Berger manifestou-se, de imediato, alegando que já tentou essa possibilidade e que o INSS não cederia a área. A outra "solução" seria o aluguel de um terreno na avenida Maranhão para os não contemplados: na visão de Silvio, eles não ofereceriam concorrência ao Shopping da Cidade.
A desocupação da Praça Rio Branco e das ruas Álvaro Mendes e Simplício Mendes já foi iniciada - essa é a primeira etapa do processo de revitalização do centro de Teresina. A data de inauguração do Shopping foi mantida e não haverá adiamentos, segundo Silvio Mendes.
tamirescoelho@hotmail.com
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