sexta-feira, 26 de junho de 2009

Discussão sobre curso de Jornalismo e diploma reúne estudantes e jornalistas na UFPI

. sexta-feira, 26 de junho de 2009

Nesta quinta-feira (25/06), ocorreu um debate sobre a questão do diploma jornalístico e outras questões relacionadas ao curso de Comunicação Social. O debate foi realizado às 19h no Centro de Ciências da Educação - CCE - da Universidade Federal do Piauí. Compareceram professores, estudantes e profissionais da categoria, além do presidente do sindicato dos jornalistas do Piauí, Luís Carlos Oliveira. O Dr. Joaquim Santana Neto também foi à reunião, representando a diretoria da OAB.


Entre os jornalistas profissionais, estavam presentes Pires de Sabóia (Portal Assembleia), Zózimo Tavares (Diário do Povo) e Mussolini Guedes (O Dia - PI). Entre os professores presentes estavam Gustavo Said, Magnus Pinheiro e Orlando Berti.



A decisão do Supremo Tribunal Federal de cassar o diploma jornalístico foi uma das principais discussões, inclusive, contando com posicionamentos a favor e contra a decisão dos ministros. Acima do diploma, foi defendido o aperfeiçoamento dos cursos superiores com habilitação em Jornalismo e o fato de muitos jornalistas serem perseguidos com processos. Quanto a este último assunto, Zózimo Tavares brincou: "Jornalista que tem medo de processo é como médico que tem medo de sangue e policial que tem medo de tiro!".



O presidente do sindicato dos jornalistas chamou atenção de que o curso de Jornalismo, com essa decisão do STF, não será enfraquecido, mas, ao contrário, precisa de uma melhoria na grade curricular mais do que nunca. Essa é a hora, segundo ele, de os cursos oferecerem mais qualidade. Luís Carlos também lembrou que o registro continua valendo junto ao Ministério do Trabalho e que serão decididos, junto a esse órgão, novos critérios para recebimento do registro.


Luís Carlos também lembrou que no dia 17 de julho haverá uma reunião entre representantes da Fenaj e dos sindicatos para formular estratégias de lutas em benefício de estudantes e profissionais porque, ressaltou ele, a "derrubada do diploma foi uma ação das empresas de radiodifusão do Brasil, não podemos esquecer disso!".


Zózimo Tavares e Mussolini Guedes concordaram que, enquanto eles tiverem influência nos meios os quais comandam, eles contratarão diplomados, "a não ser que apareça algum gênio, enquanto bom jornalista", afirmou Tavares. Mussolini levantou também a questão de "até que ponto vale a pena continuar no curso" e foi incisivo: "Essa história de que qualquer pessoa pode fazer jornalismo é besteira... tem que ter talento!". Zózimo acrescentou que a máxima de que quem não deu certo em outra profissão vai para o jornalismo é falsa porque, segundo ele, se a pessoa é um profissional ruim em outras áreas, também será um jornalista ruim.



Pires de Sabóia contou um pouco da sua história como jornalista, já que ele está há décadas exercendo esse papel profissional. Ele enfatizou que é preciso ter ética e grandeza para reconhecer os próprios erros no fazer jornalístico.

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Reportagem e Edição: Tamires Coelho
tamirescoelho@hotmail.com

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