É nítido que há comunicadores que não sabem escrever de forma satisfatória. Alguns especialistas atibuem esse fato à preguiça, distração, despreparo, falta de talento ou falta de curiosidade.
Nenhuma regra, porém, pode ser generalizada e isso não ocorre com todos as pessoas que estão entrando no meio jornalístico, publicitário, ou em qualquer outra área comunicacional. A disponibilidade de cursos e aperfeiçoamentos na escrita têm aumentado, mesmo que ainda de forma tímida em lugares como Teresina-PI.
O jornalista José Roberto Guzzo, membro do Conselho Editorial da Abril, critica as faculdades de Comunicação Social por, muitas vezes, concentrarem seus esforços em expor a teoria e esquecerem-se da prática, que também é fundamental.
Para Guzzo, uma escrita atraente, que "leve prazer ao leitor e faça com que ele comente a matéria com outras pessoas", depende de 10 passos:
1. Decida, antes de escrever, o que você vai pôr no computador
Delimitar a pauta e refletir sobre ela é essencial para o repórter.
2. O editor tem que ser capaz de explicar 100% do que está na matéria
José Roberto Guzzo lembra que o jornalista tem a obrigação de entender tudo o que está escrito.
3. Conheça bem seu assunto
"Não se trata de querer conhecer tudo - o jornalista não sabe de tudo. Trata-se de saber mais do que você sabia antes de entrar na matéria".
4. Leia e copie boas matérias
Guzzo explicou que para escrever bem é preciso ler boas reportagens e "absorver" delas modelos e dicas. "Você tem que fazer uma 'engenharia reversa' na hora de escrever seu texto. Tem que adaptar seu tema, ver como se encaixa em um modelo que admira".
5. Recorra a um bom manual de redação
O jornalista da Abril citou os manuais (que começaram na imprensa americana) como instrumentos para tirar dúvidas na hora da escrita.
6. Evite lugares-comuns
Para Guzzo, eles obscurecem o texto. "Por que escrever blindagem se você pode escrever proteção? Por que pôr transparência se você pode colocar clareza?". O jornalista recomendou a busca por sinônimos e acrescentou que o chavão demonstra preguiça do repórter.
7. Uma pauta ruim dificulta a escrita da matéria
Guzzo disse que há "assuntos-bichados", que devem ser evitados. Como exemplos, citou :
- o "assunto-chavão" - é "aquele de que todo mundo está falando" (com exceção de grandes fatos que tem que ser noticiados);
- a "matéria enganosa" ("Como emagrecer comendo de tudo?", "Como ficar milionário jogando na bolsa em 15 dias?");
- e listas em geral, como as de "quem são" - quando não têm caráter de serviço e não trazem nada novo ("Quem são os 10 cabeleireiros mais caros de São Paulo?" - "isso existe desde sempre. Sempre houve 10 cabeleireiros mais caros em SP. Qual a novidade disso?", explicou Guzzo).
8. Aproximar-se da linguagem do leitor
"Não significa escrever com uma linguagem rústica, banal, grosseira. Significa utilizar a linguagem que o leitor usa normalmente para se comunicar - fugir de termos complicados, do jornalistês", disse Guzzo.Ele recomendou que a linguagem empregada tenha frases de estrutura simples, palavras comuns, descrições com clareza e adjetivos quando eles tornarem mais preciso o relato.
9. Não escreva de modo confuso
Para o jornalista, o texto confuso muitas vezes demonstra a insegurança na hora de escrever. Ele deu uma dica que vem do filme Alice no País das Maravilhas: "Comece pelo começo. Vá direto até o fim. Aí, pare". Depois explicou: "Quando acabar de contar uma história, pare. A matéria tem que ter uma seqüência".
10. Citações sempre ajudam
"No começo, no meio, no fim da matéria. Sempre podem ser úteis para o relato", finalizou Guzzo.
A dica do Jornalight desta terça-feira (02/06) vai para os estudantes de Comunicação Social da Teresina-PI: haverá, na capital piauiense, o curso Linguagem e Prática - Aplicação do conteúdo de gramática à interpretação e à produção de textos.
O curso é voltado não só para estudantes, mas também para profissionais em exercício na área comunicacional. O curso será nos dias 13, 20 e 27 de junho de 2009. O investimento é de R$ 50 e o curso será ministrado no Bioestudio, Shopping Riverside, pelo professor Ms. Ailton Cerqueira.
Nenhuma regra, porém, pode ser generalizada e isso não ocorre com todos as pessoas que estão entrando no meio jornalístico, publicitário, ou em qualquer outra área comunicacional. A disponibilidade de cursos e aperfeiçoamentos na escrita têm aumentado, mesmo que ainda de forma tímida em lugares como Teresina-PI.
O jornalista José Roberto Guzzo, membro do Conselho Editorial da Abril, critica as faculdades de Comunicação Social por, muitas vezes, concentrarem seus esforços em expor a teoria e esquecerem-se da prática, que também é fundamental.
Para Guzzo, uma escrita atraente, que "leve prazer ao leitor e faça com que ele comente a matéria com outras pessoas", depende de 10 passos:
1. Decida, antes de escrever, o que você vai pôr no computador
Delimitar a pauta e refletir sobre ela é essencial para o repórter.
2. O editor tem que ser capaz de explicar 100% do que está na matéria
José Roberto Guzzo lembra que o jornalista tem a obrigação de entender tudo o que está escrito.
3. Conheça bem seu assunto
"Não se trata de querer conhecer tudo - o jornalista não sabe de tudo. Trata-se de saber mais do que você sabia antes de entrar na matéria".
4. Leia e copie boas matérias
Guzzo explicou que para escrever bem é preciso ler boas reportagens e "absorver" delas modelos e dicas. "Você tem que fazer uma 'engenharia reversa' na hora de escrever seu texto. Tem que adaptar seu tema, ver como se encaixa em um modelo que admira".
5. Recorra a um bom manual de redação
O jornalista da Abril citou os manuais (que começaram na imprensa americana) como instrumentos para tirar dúvidas na hora da escrita.
6. Evite lugares-comuns
Para Guzzo, eles obscurecem o texto. "Por que escrever blindagem se você pode escrever proteção? Por que pôr transparência se você pode colocar clareza?". O jornalista recomendou a busca por sinônimos e acrescentou que o chavão demonstra preguiça do repórter.
7. Uma pauta ruim dificulta a escrita da matéria
Guzzo disse que há "assuntos-bichados", que devem ser evitados. Como exemplos, citou :
- o "assunto-chavão" - é "aquele de que todo mundo está falando" (com exceção de grandes fatos que tem que ser noticiados);
- a "matéria enganosa" ("Como emagrecer comendo de tudo?", "Como ficar milionário jogando na bolsa em 15 dias?");
- e listas em geral, como as de "quem são" - quando não têm caráter de serviço e não trazem nada novo ("Quem são os 10 cabeleireiros mais caros de São Paulo?" - "isso existe desde sempre. Sempre houve 10 cabeleireiros mais caros em SP. Qual a novidade disso?", explicou Guzzo).
8. Aproximar-se da linguagem do leitor
"Não significa escrever com uma linguagem rústica, banal, grosseira. Significa utilizar a linguagem que o leitor usa normalmente para se comunicar - fugir de termos complicados, do jornalistês", disse Guzzo.Ele recomendou que a linguagem empregada tenha frases de estrutura simples, palavras comuns, descrições com clareza e adjetivos quando eles tornarem mais preciso o relato.
9. Não escreva de modo confuso
Para o jornalista, o texto confuso muitas vezes demonstra a insegurança na hora de escrever. Ele deu uma dica que vem do filme Alice no País das Maravilhas: "Comece pelo começo. Vá direto até o fim. Aí, pare". Depois explicou: "Quando acabar de contar uma história, pare. A matéria tem que ter uma seqüência".
10. Citações sempre ajudam
"No começo, no meio, no fim da matéria. Sempre podem ser úteis para o relato", finalizou Guzzo.
A dica do Jornalight desta terça-feira (02/06) vai para os estudantes de Comunicação Social da Teresina-PI: haverá, na capital piauiense, o curso Linguagem e Prática - Aplicação do conteúdo de gramática à interpretação e à produção de textos.
O curso é voltado não só para estudantes, mas também para profissionais em exercício na área comunicacional. O curso será nos dias 13, 20 e 27 de junho de 2009. O investimento é de R$ 50 e o curso será ministrado no Bioestudio, Shopping Riverside, pelo professor Ms. Ailton Cerqueira.
Edição: Tamires Coelho
tamirescoelho@hotmail.com
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